quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O homem do sobretudo preto

Vai um homem caminhando pelo passeio esquerdo da rua. Vejo-o de costas, lá à frente, enquanto circulo vagarosamente ao ritmo da fila que arranca na passagem a verde do semáforo. O homem que caminha tem um ar distinto. Veste um sobretudo preto e transporta na mão uma pequena pasta de papéis. Tem o cabelo branco e caminha, elegante. No momento em que passo por ele vejo-o sacudir a cabeça ligeiramente para o lado direito. Acabou de cuspir para o chão e ainda consigo ver a trajetória dos seus eflúvios espumosos. Pelo retrovisor verifico que continua o seu caminho com o mesmo porte respeitável.

E eu juro que só tomei café com leite ao pequeno-almoço.



7 comentários:

  1. Querida Luísa, no melhor pano, cai a nódoa!! Que nojo! :P

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  2. Ilustra bem... muito do que há por aí... muita falta de chá que tentam compensar com as aparências ;)

    Bjos

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  3. A distinção era só no porte, porque de resto era boçal... Ca nojo! :P

    Beijocas!

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  4. No outro dia vi um indivíduo, aparentemente mais novo do que esse, num belo dum audi, parou na passadeira, baixou ligeiramente o vidro e cuspiu pela janela enquanto as pessoas atravessavam a rua mesmo ao lado!
    Aparentemente evoluíram.
    No essencial, continuam uns pacóvios.
    Rog

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  5. Também noto isso quando aí estou. Não é que não o façam nesta cidade, evidentemente, mas não o fazem com a mesma frequência... Isto e outra coisa que não fica bem aqui mencionar.
    Abraço

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  6. A respeitabilidade é sempre... interior!

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